Os campeões furiosos!

Neste domingo a tão esperada final entre dois selecionados que nunca ganharam sequer um título da Copa do Mundo foi disputada. Em campo, muito mais do que 11 contra 11, sendo que estava em pleito a consagração de uma era. A era espanhola de grandes jogadores, muitos deles entre os melhores do mundo, um futebol bonito, com toque de bola rápido e brilhante e com uma posse de bola enervante. Já a era holandesa era constantemente assombrada pelos fantasmas da década de 70 - quando foi bi-vice-campeã, em 74 e 78, - e a consolidação de uma das melhores equipes da Europa, invicta a 24 partidas, com um futebol pragmático, ágil e muito eficiente.

 

Antes da partida, houve um belo show pirotécnico e musical, e a Taça tão esperada foi trazida para o meio do Soccer City nas mãos do capitão da, até então, atual campeã do mundo, Cannavaro, zagueiro italiano.

Com a bola rolando, o que se viu foi uma disputa ferrenha no meio de campo, com um início melhor da Espanha. Não demorou muito para que por duas vezes o arqueiro Stekelenburg tivesse que fazer ótimas defesas, ambas em tentativas de Sérgio Ramos, que foi um dos melhores jogadores da Copa. A Holanda conseguiu acertar a marcação, e aos 25 minutos o jogo voltou a ser parelho, com um leve crescimento dos laranjas, que ainda tiveram duas ótimas chances com Robben, cara-a-cara com o goleiro, que terminaram nas mãos, e nas pernas, do melhor goleiro da Copa, Casillas. Como não foram suficientes os 90 minutos para que fosse aberto o placar, foi-se o jogo para a prorrogação. A Holanda notavelmente estava cansada, e preocupava-se só em defender. Quando todos esperavam que o jogo fosse para os pênaltis, Iniesta recebeu a bola na entrada da área, em total liberdade, e “enfiou o pé” para o fundo das redes. A Holanda, totalmente impotente, não tinha mais forças para reagir. O juiz, fraco, digasse de passagem, Howard Webb apitou o final da partida e veio por terra o (tosco) paradigma de que a Espanha só amarelava.

 

Festa na terra das touradas, os espanhóis tornam-se pela primeira vez campeões da Copa do Mundo, e vão defender o título aqui no Brasil. Parabéns à Villa, Casillas, Xavi, Iniesta, Sergio Ramos, Puyol e Cia., parabéns ao povo espanhol e, parabéns ao polvo alemão, que não errou sequer um prognóstico em toda a Copa do Mundo! Até daqui a quatro anos, Copa!

Confronto de Gigantes!

O dia mais esperado pelos amantes do futebol finalmente chegou. A Grande Final da Copa do Mundo FIFA será disputada no dia 11/07/2010, entre duas seleções que jamais tiveram a emoção de beijar e levantar a taça mais desejada por todos os jogadores. Coincidentemente ambos selecionados tem histórias parecidas, sempre formando grandes times e nunca chegando lá. Já foram incessantemente chamados de amarelões, inclusive eu imaginei que fossem frouxar antes da semifinal. Mas com times concisos, com muita qualidade e, principalmente, com consciência e vontade de ganhar, Espanha e Holanda degladiarão em pleno Soccer City, Johannesburgo, para colocarem a primeira estrela dourada em cima de seus brasões.

Tamanha é a expectativa que até foi produzida especialmente uma bola para o confronto, ao invés da querida por todos Jabulani, agora será a vez da Jo'bulani, uma singela e merecida homenagem a grandiosa nação sul-africana.

Os dois times vão a campo com o que tem de melhor, e será um duelo interessantíssimo entre Robben, Sneijder, Kuyt e companhia, contra os "furiosos" Villa, Xavi, Puyol e sua trupe. A Espanha tem melhores jogadores, principalmente os defensores, em que Puyol, Piqué e Sergio Ramos levam vantagem sobre Boulahrouz, Heitinga e Mathijsen, enquanto Villa é muito melhor do que Van Persie. Xabi Alonso joga mais que De Jong. O favoritismo aponta para a vitória espanhola, mas a vantagem holandesa não mora nos pés, e sim nas cabeças de seus jogadores.

Cada jogador sabe se colocar muito bem em campo, sem sair do esquema tático durante sequer um minuto o jogo todo. Sem contar a frieza de conseguir não se desesperar perante resultados negativos e superioridade adversária. Bert Van Marwjik fez um trabalho excelente com jogadores que já são muito bons. Em momento algum do jogo será visto jogadores holandeses discutindo em campo, ou mesmo perdidos, fora da marcação, salvo raríssimas exceções, como o próprio Van Persie, que não vem bem durante toda a Copa. E é na cabeça não so dos jogadores da Holanda que mora a vantagem para os Laranjas, visto que os espanhóis pecam, principalmente no excesso de preciosismo, preferindo driblar ou dar um toque bonito, em vezes que seria melhor um passe simples ou até mesmo um arremate a gol.

É contando com esse preciosismo espanhol, com a determinação de consagrar uma geração e com a qualidade individual de alguns dos seus jogadores que a Holanda pretende vencer a Copa do Mundo. A Espanha conta com a força do conjunto, com a vantagem na qualidade técnica de seus jogadores e também com a vontade de tirar, de uma vez por todas, a fama de amarelona. Que vença o melhor!

Que jogaço!!

Não foi só porque eu havia falado que seria um jogo para se prestar a atenção, e não precisava nem ser dito tudo o que foi dito sobre a grande qualidade de futebol que seria apresentada no dia de hoje, mas a disputa de terceiro lugar da Copa do Mundo foi de tirar o fôlego.

Uruguai e Alemanha protagonizaram um jogaço não só pelo alto número de gols, mas também pela alta qualidade dentro de campo. Os alemães começaram melhor, partindo para o ataque e não dando espaços para o adversário. Não é a toa que logo aos 19 minutos o jovem destaque Thomas Muller abriu o placar após um rebote equivocado do goleiro Muslera. O Uruguai, como sempre, não se abateu e cresceu no jogo, e abriu o placar após Perez roubar a bola de Schweinsteiger, tocar para Suarez que passou na medida para Cavani rolar a pelota para o fundo da rede. Sem Klose, Podolski e Lahm, os germânicos não conseguiam furar o paredão comandado por Lugano e o primeiro tempo terminou empatado. A segunda etapa começou os Celestes se atiraram a frente, e viraram o jogo após uma bela jogada pela direita, que terminou num belo voleio do craque Forlán. Foi então que os alemães acordaram, apos cruzamento na área e outra falha do goleiro, Jansen, de cabeça, deixou novamente tudo igual. Quando parecia que o jogo encaminharia-se para a prorrogação, depois de mais uma bola alçada na área e uma confusão dos zagueiros uruguaios, Khedira, de cabeça de novo, virou o jogo para os alemães e selou a partida. O Uruguai ainda teve uma belíssima chance com Forlán, que cobrou uma falta, no último lance, que beijou o travessão. Apitou o juiz, e terminou a grande partida, Alemanha ficou em terceiro e o Uruguai em quarto.

Vale parabenizar os dois times pelas ótimas campanhas que fizeram e pelo futebol de alta qualidade que demonstraram dentro de campo. O destaque do jogo foi Diego Forlán, que teve uma Copa do Mundo fora de série, marcando 5 gols em 6 jogos. Thomas Muller também alcançou a marca de 5 gols na Copa, emptando na artilharia com David Villa e Wesley Sneijder, valendo lembrar que o alemão tem apenas 20 anos, prometendo muito para os anos vindouros. Amanhã tem mais, e é a Grande Final, às 15h30m! Não percam!

Disputa de 3º Lugar

Pra quem diz que a disputa de 3º lugar não vale nada, aí vai a dica: estarão em campo nada mais nada menos do que 5 títulos mundiais, jogadores que foram vice-campeões da Champions League, campeões da Liga europa, alguns indicados para o prémio Bola de Ouro (que escolhe o melhor jogador da Copa) e ainda há a possibilidade de termos um novo recorde de gols marcados por um jogador em Copas do Mundo.

É pouco? Vale lembrar então que estarão de volta "O Cara" da Copa, Luiz Suarez, Lugano e Thomas Müller, este último forte candidato a ganhar o prémio de jogador revelação.Será o confronto de uma seleção que marcou 13 vezes e levou três gols, contra outro que marcou 9 vezes e também levou três gols.

A Alemanha leva vantagem, tecnicamente falando, sobre o Urugai, isso sem contar que o futebol demonstrado pelos alemães até a semifinal foi o melhor visto até então. A dupla de volantes e os meias são a maior vantagem dos europeus sobre os uruguaios, que levam vantagem no goleiro e no sistema defensivo. O ataque das duas equipes é equilibrado, com uma leve vantagem para os sul-americanos. Forlan e Suarez são muito decisivos e habilidosos, contrariamente à Klose, que não possui muita habilidade.

Apesar da desvantagem técnica, o Uruguai tem três pontos ao seu favor: a raça, o conhecido "o que vier é lucro" e o desânimo alemão. Explico: a Alemanha entrou na Copa desacreditada, e não demorou muito para virar favorita. As goleadas na Inglaterra e na Argentina, com domínio total em ambos os jogos, e acabou por se tornar "A Favorita". A derrota vexatória para a Espanha, tirou o chão debaixo dos pés dos alemães que até agora procuram justificativas para tal feito. Não bastasse isso, os uruguaios entraram na competição como azarões, e chegaram, surpreendentemente, até a semifinal, perdendo apenas pro ótimo selecionado holandês apesar de terem jogado de igual para igual com os Laranjas. O próprio 4º lugar já lhes seria lucro, quiçá o 3º, ainda mais em cima da poderosa Alemanha, com seu futebol objetivo e vistoso.

É a chance do Uruguai, e é nele que eu aposto para essa disputa. O jogo é nesse sábado, às 15:30, não perca!

O Time dos Sonhos!

O Site da Fifa possibilita uma opção de escolha dos 11 melhores jogadores da Copa do Mundo! E o time pode ser montado por você mesmo! Segue o Link:

Time dos Sonhos da Copa do Mundo!

Abaixo seguem os meus escolhidos e as respectivas justificativas:

Eduardo (Portugal): Uma surpresa muito agradável. A alma do time. Foi muito mais relevante que Cristiano Ronaldo, e jogou não só com muita raça, determinação e vontade, mas também com uma qualidade fora do comum.

Lucio (Brasil): Apesar do Brasil não ter feito uma Copa fantástica, a culpa por evitar um fracasso com certeza passa pelos pés do atual melhor zagueiro do mundo. Lucio é um jogador fora de série, sem contar a vontade e a devoção demonstrada dentro de campo.

Lugano (Uruguai): Um jogador "Emoção". Joga com o coração na ponta das chuteiras e não foi diferente nessa Copa. Lugano foi um dos líderes do surpreendente selecionado Uruguaio e uma barreira praticamente intransponível. Sua falta foi muito sentida na semifinal.

Fábio Coentrão (Portugal): Sua seleção pode não ter ido muito longe, mas essa revelação na lateral esquerda demonstrou uma qualidade tanto quando subia para o ataque, quando ajudava a defender. Passes e cruzamentos precisos unidos a muita velocidade são suas maiores características.

Sérgio Ramos (Espanha): Por mais que já seja um defensor consagrado no futebol mundial, nunca achei que fosse algo mais do que um bom jogador. No entanto está tendo um desempenho muito além do esperado nessa Copa, sendo um dos destaques do selecionado espanhol. E, convenhamos, se destacar na Espanha não é pra qualquer um.

Xavi (Espanha): Não necessita muitos comentários, é um jogador excepcional. Tem um toque de bola único, um chute fortíssimo e uma visão de jogo exclusiva de craques.

Schweinsteiger (Alemanha): Começou sua carreira como atacante, e começou a recuar até se tornar volante. Não é coincidencia, consequentemente, que consiga agregar com tanta qualidade as obrigações defensivas e ofensivas. Foi um dos jogadores mais importantes da bela e surpreendente campanha alemã, é o cabeça do time.

Sneijder (Holanda): Não necessita também muitos comentários. Seus passes, chutes, lançamentos e cruzamentos precisos o tornam um entre todos. Ainda por cima movimenta-se bem, joga com vontade e até de cabeça sabe fazer gols. É um dos goleadores do campeonato, o que, por si só, já o credencia para fazer parte da seleção.

Özil (Alemanha): Mais uma agradável surpresa, o meio-campista alemão tem uma boa velocidade, um chute muito forte, bom passe e cruzamento. Foi imprescindível para fazer a Alemanha ir tão longe e só tem 21 anos. Até onde será que pode chegar esse garoto?

Villa (Espanha): O artilheiro da Fúria é também seu maior craque. Corre pelo campo todo e não costuma dar mais de dois toques na bola: o domínio, e o chute para o fundo das redes adversária. O principal responsável pela chegada até a final da Espanha.

Suarez (Uruguai): "O Cara" da Copa não pode ficar de fora. Ele simplesmente protagonizou o "Lance da Copa", que, por si só, já o colocariam aqui. No entanto foi decisivo na excelente campanha uruguaia, se movimentando muito e com um chute muito venenoso. Fez um dos gols mais bonitos da Copa.

Tabarez (Uruguai): Na sua segunda passagem pelo selecionado uruguaio, trouxe de volta a esperança e o amor ao time que há muito já havia sido esquecido. É bonito de ver o futebol que o Uruguai joga, e muito disso vem dele, Tabaréz. Após uma partida fraca contra a França, o técnico modificou o time na medida correta e acertou os ponteiros. Um grande treinador.

E você, qual a sua seleção? Concorda ou discorda de alguma das minhas indicações?

Definido o confronto final!

A fase semifinal da Copa do Mundo contou com dois jogos de tirar o fôlego, envolvendo duas seleções que jamais ganharam um título mundial, uma bi e uma tri-campeã. Vamos aos resultados.

Holanda 3 x 2 Uruguai

Alemanha 0 x 1 Espanha

No duelo europeu quem levou a melhor foi quem quis jogar, quem quis fazer gol e quem conseguiu anular as jogadas do adversário. Os alemães sentiram muito a falta da revelação Thomas Muller, e a entrada de Trochovski, um jogador menos ofensivo, acabou por deixar Podolski e Klose isolados no ataque. A Espanha ainda conseguiu deixar Schweinsteiger ocupado tempo o suficiente para evitar suas eficientes idas ao ataque e Busquets fechou todos os espaços de Özil. No entanto Neuer e um excesso de preciosismo nas finalizações espanholas evitavam que o placar fosse aberto e o empate sem gols permanecia. Isso só até os 27 minutos do segundo tempo, quando no alto de seus 1,78m, Carles Puyol subiu sozinho e testou, com muita força, para o fundo das redes do gol alemão, sem chances para o arqueiro. O “Hobbit” marcava seu primeiro gol na competição e garantia a primeira classificação para uma final de Copa do Mundo. Será agora, finalmente, a vez dos espanhóis?

Já no jogo entre Celestes e Laranjas, quem levou melhor foi o amante do futebol. Um jogo emocionante, com muitos gols e com jogadores dando o seu máximo, lutando até o fim para alcançar a vitória. A Holanda começou melhor e chegou logo ao primeiro com uma bomba do capita Van Bronckhorst a 35m de distância do gol (JabulAAAAAAAAni!) sem chances para o goleiro Muslera. Não demorou muito para que os guerreiros celestes empatassem a partida, com um chute venenoso de Forlan que enganou (JabulAAAAAAAni!) o goleiro Stekelenburg. Apesar da igualdade no placar, Suarez e Lugano faziam muita falta no Uruguai, enquanto as peças de reposição holandesas faziam muito bem seu trabalho. O segundo tempo continuou muito aguerrido e era notável que o jogo seria decidido em um detalhe, e assim foi. Sneijder chutou, a bola raspou na canela do zagueiro e foi parar no fundo das redes. A Holanda cresceu e não demorou três minutos para Robben, que parecia estar com o pé torto, aumentar o placar. 3 a 1, de cabeça. Quando pensava-se que tudo estava perdido, o Uruguai mostrou sua raça, lutando até o fim e ainda descontando com um gol de Maxi Pereira, mas que não foi o suficiente. No final o 3 a 2 foi justo e o jogo foi emocionante.

Os últimos dois jogos da Copa serão entre Uruguai e Alemanha, no sábado às 15h30m, e no domingo a Grande Final entre Holanda e Espanha, no mesmo horário. Teremos um novo campeão, isso é certo, certo também é que será um jogo inesquecível! Não perca!

O Melhor da Copa!

Pra quem ainda reclamava da falta de emoção e qualidade técnica desta Copa do Mundo, as quartas-de-final os fizeram morder a língua. Após as emocionantes vitórias de Uruguai e Holanda na sexta-feira, os jogos de sábado protagonizaram cenas inesquecíveis. Vamos aos resultados:

Alemanha 4 x 0 Argentina

Espanha 1 x 0 Paraguai

No confronto latino, quem se deu melhor foram os espanhóis. Apesar de estar postado melhor em campo, e ter mais chances de gol, o Paraguai pecou nas conclusões, inclusive perdendo um pênalti, com Oscar Cardozo, aos 14 minutos do segundo tempo. A Espanha também teve uma penalidade máxima ao seu favor, que foi convertida por Xabi Alonso. No entanto, o árbitro mandou voltar a cobrança, por motivo de invasão de área pelos jogadores. Na segunda batida, o goleiro paraguaio defendeu e manteve o placar zerado. E foi então que brilhou a estrela do craque e artilheiro da Copa, David Villa. Aos 38 minutos do segundo tempo, oportunista, aproveitou a sobra do chute de Pedro, após belíssima jogada de Iniesta, e carimbou as duas traves antes de balançar as redes. Festa espanhola e a classificação nas semifinais garantida.

Já o outro jogo era um clássico. O confronto que na história das Copas já foi final, semi-final, quartas-de-final foi palco de uma das seleções favoritas ao título contra uma das surpresas. Maradona escalou o time titular e depositava toda a sua confiança em Higuaín, Tevez e Messi. Joachim também não tinha desfalques, e apostava suas fichas na mescla entre os jovens talentos Özil e Müller, com a experiência de Lahm e Klose. Mas foi um outro jogador que tomou às rédeas do jogo e começou a escrever a história: Bastian Schweinsteiger, que começou a carreira como atacante, agora é o segundo volante do selecionado alemão e foi o maior nome da partida.

Com uma cobrança de falta milimetricamente calculada, colocou a bola na cabeça de Müller que desviou para abrir o placar, aos 3 minutos do primeiro tempo. O primeiro tempo passou e a bola não mais entrou. Foi só aos 23 minutos da segunda etapa que, após muita insistência, Klose conseguiu ultrapassar o limite da linha do gol e ampliar o placar para os alemães. Atônitos, os argentinos viram Scwheinsteiger driblar três adversários antes de tocar para Friedrich transformar a vitória em goleada. E, aos 44 minutos ele, o atacante que só faz gols em Copa do Mundo, ele que nasceu só para jogar na Seleção e não em clubes, Miroslav Klose, alcançou o seu 14º gol em Copas, empatando com seu compatriota, Gerd Müller, e encostando em Ronaldo, fechando o placar em 4 a 0. Maradona foi cavalheiro, cumprimentou todos seus jogadores como se houvessem ganho, parabenizando a todos pelo esforço e dedicação dentro e fora de campo. Parabenizou também os alemães, pela partida magistral que fizeram. A Alemanha agora espera a Espanha e os argentinos nem puderam tirar muito sarro dos brasileiros, e quase que acabaram por voltar pra casa no mesmo vôo.

As semi-finais serão no dia 06/07 entre Holanda x Uruguai, às 15h30m, e no dia 07/07, entre Espanha x Alemanha, 15h30m.

O Sonho não Acabou...

A sexta feira foi triste para o povo brasileiro, desnecessário até comentar os motivos, todavia, começaremos o post falando rapidamente do segundo jogo do dia.

Brasil 1 x 2 Holanda

Uruguai 1 (5) x (3) 1 Gana

A partida entre Uruguai e Gana não foi a melhor tecnicamente, mas foi de longe a mais emocionante da Copa da África. Foi um jogo de duas seleções de qualidade, com uma leve superioridade do Uruguai, mas quem teve a melhor chance do jogo foi Gana já nos acréscimos do segundo tempo da prorrogação, quando Suárez salvou duas vezes em cima da risca, a segunda vez com as mãos.

O jogador que é o goleador, destaque e grande surpresa do Uruguai na Copa salvou a celeste mais uma vez. Pagou o preço com a sua expulsão e a penalidade em desfavor do seu país, todavia, contou com a sorte e viu Gyan acertar o travessão, levando o jogo para as cobranças de pênaltis.

A partir daí todo mundo já sabe, o Uruguai venceu, e com uma ultima cobrança de El Loco Abreu e sua característica “cavadinha”.

O dia foi triste em Gana, e mais triste ainda no Brasil. Descrever o jogo é desnecessário, todos viram no primeiro tempo o melhor Brasil da Copa e outro no segundo tempo o pior. O resultado disso não poderia ser diferente.

Foram detalhes que determinaram o placar, um deles a irritação e falta de concentração dos jogadores. Mas futebol é isso, na maioria das vezes é decidido por detalhes. O primeiro gol veio de uma falha muito rara de JC (que me recuso a condenar porque tem muitos créditos pelo que já fez na Seleção e inclusive foi muito aplaudido no retorno ao Brasil), e também de Felipe Melo. Os dois se atrapalharam, mas é um lance de jogo. Não deveria acontecer, mas acontece com qualquer um, até com o melhor goleiro do mundo.

O segundo, na minha opinião, foi de uma falha indiretamente ainda pior. Não o lance do gol em si, mas o lance que gerou o gol. Juan correu quase sozinho pela lateral, e poderia tranquilamente ter chutado a bola pela linha de canto, mas de forma displicente chutou para o fundo. Escanteio e gol da Holanda.

Claro que ele não tinha como prever tal acontecimento e não devemos culpá-lo (novamente um grande jogador), mas é por isso mesmo que dizemos que futebol é decidido nos detalhes, e deve-se sempre ter cautela com esse tipo de situação, pode ser fatal, como foi.

A verdade é que, independentemente dos erros individuais, de nada adianta agora apontar culpados. A expulsão do Felipe Melo foi de tamanha estupidez, que é difícil falar a respeito. Todavia, era algo que já vinha sendo desenhado desde antes da Copa. Um jogador que leva 20 cartões pelo clube na temporada, sendo violento até mesmo nos amistosos, não tem cabeça para jogar uma Copa do Mundo, muito menos pela Seleção Brasileira.

A culpa é dele!? Não totalmente. Porque ele não foi contra o seu estilo, todos sabiam que ele agia assim, que é um jogador medíocre e irresponsável, porém Dunga optou por tê-lo como titular mesmo sabendo disso, e todos nós pagamos o preço. E toda a pressão da imprensa, que Dunga tanto atacou, acabou tendo razão, como era óbvio.

É bom começar a pensar um pouco no futuro. Por um lado, a derrota não foi ruim, pois assim, talvez comecem a perceber que futebol também é ofensividade, que atacar não é sinônimo de derrota, e que um pouco de “estrelismo” (moderado, é claro), é necessário, pois é impossível formar uma seleção campeã com um grupo de jogadores medianos supostamente comprometidos.

Felipe Melo ainda declarou, de forma deplorável, que a Seleção atual era a mais unida que já existiu. O que ele sabe!? Não esteve presente, e sequer esteve vivo para ver muitas seleções anteriores e dizer tal bobagem. De toda forma, estão todos unidos agora, no ônibus de volta ao Brasil.

Diante disso tudo, convém lembrar porém, que o sonho não acabou, apenas postergou-se. Em 4 anos estaremos novamente reunidos torcendo pela Seleção, cabe agora à CBF corrigir os erros e principalmente, escolher um técnico competente disposto a fazer uma renovação drástica e eficaz no grupo, até porque, se nunca nos contentamos com o segundo lugar, não é no nosso território que aceitaremos outra coisa que não seja o título. Até logo, Brasil.

Decepção e Celebração, isso é a Copa!

O que vimos nesta terça-feira foi que nem só com belos jogos e apresentações vistosas se ganha uma Copa do Mundo. Tem vezes que o que resta é pegar o regulamento, colocar debaixo do braço, ter frieza, experiência para administrar o resultado e alcançar o mais importante, a classificação. Confira os resultados:

Paraguai (5) 0 x 0 (3) Japão

Espanha 1 x 0 Portugal

Do primeiro jogo não há muito que se falar. Pouco se produziu ofensivamente e, além disso, os sistemas defensivos estavam bem postados em campo. Quando já passava dos 10 minutos do segundo tempo, ainda comentei que a partida iria para os pênaltis. Nem Honda, nem Santa Cruz e nem mesmo a entrada de Haedo Valdez, jogador aguerrido, não mudou o placar. 0 a 0 no tempo regulamentar e na prorrogação também. Na hora das penalidades o que valeu foi à frieza e a experiência. Todas as cobranças foram convertidas com exatidão e precisão, à exceção de uma. Komani cobrou com força e tirou do goleiro, mas acabou acertando o travessão, o que restou na eliminação dos japoneses, que saíram de cabeça erguida e foram bem recebidos no retorno ao seu país. O Paraguai chega a uma inédita quartas-de-final e pinta como uma das zebras, até então.

Na partida jogada pela tarde, o clássico ibérico foi marcado pelas belas performances do goleiro português que joga no Braga, Eduardo, e do centroavante espanhol que joga no Barcelona, David Villa. O arqueiro fez belíssimas defesas durante todo o jogo, enquanto o avante tentou diversas vezes furar o bloqueio adversário. O duelo foi disputadíssimo, mas quem acabou por levar a melhor foram mesmo os espanhóis, com um gol de seu principal jogador. Após um chute venenoso, espalmado por Eduardo, Villa pegou o rebote e chutou sem chances para, até então, melhor goleiro da Copa. 1 a 0 para e festa dos espanhóis. Cristiano Ronaldo bem que tentou, mas não conseguiu carregar o selecionado português nas costas. O guerreiro Eduardo precisou ser tirado de campo arrastado, como se ainda houvesse algo que suas mãos pudessem fazer, agarradas à grama, para alterar o resultado. A Espanha segue viva e pega a zebra Paraguai, enquanto Portugal volta para casa necessitando arrumar a casa.

As quartas-de-final serão disputadas na sexta-feira, com Brasil x Holanda (11h) e Uruguai e Gana (15h30m), e no sábado com o clássico Alemanha x Argentina (11h) e Paraguai x Espanha (15h30m).

Formação "Ideal"

O primeiro jogo de ontem foi marcado por defesas incríveis dos goleiros na boa partida entre Holanda e Eslováquia. Apesar da inspiração dos goleiros Mucha (Eslováquia) e Stekelenburg (Holanda), o placar não ficou no zero, por conta da qualidade indiscutível de Robben e Sneijder, dois dos maiores jogadores da atualidade, e por uma penalidade convertida por Vittek nos acréscimos em favor da Eslováquia.

Holanda 2 x 1 Eslováquia

Brasil 3 x 0 Chile

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O gol que abriu o marcador saiu na primeira etapa após lançamento de Sneijder, que Robben cortou para o meio e chutou no canto, ao seu melhor estilo. O segundo foi marcado pelo próprio Sneijder após boa jogada de Kuyt. Em uma partida intensa, e a Eslováquia novamente surpreendeu jogando um bom futebol e mostrando que a eliminação da Itália não foi mera ocasionalidade, todavia, prevaleceu a qualidade individual da equipe holandesa, que mais uma vez está no caminho do Brasil.

E por falar em Brasil, na partida de ontem vimos a sua melhor formação. Ramires começando como titular e se apresentando bem no jogo provou que as críticas aos volantes tinham fundamento. Ele pode não ser um grande jogador, mas apenas um único volante dedicado à marcação é o suficiente. Dessa forma, o meio campo fica mais solto e rápido, mais ofensivo e com melhor toque de bola, não apenas toques laterais que atrasam o jogo. Ora, um time caracterizado pela qualidade no contra-ataque precisa jogar com velocidade, isso é óbvio.

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Luís Fabiano e Robinho marcaram, mas com exceção dos gols, fizeram partidas deploráveis, o último mal conseguia dominar a bola e não concluiu um único drible durante todo o jogo. Quanto ao meio campo, é evidente que Daniel Alves é um jogador diferenciado, deu assistências de qualidade, mas também já restou claro que não consegue colocar em prática todo o seu futebol nessa posição. cometendo alguns erros. De toda forma, é sempre uma boa opção.

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Gostei do jogo, como sempre, não foi nada espetacular, mas o Brasil dominou o tempo todo. E mais uma vez meu destaque vai para o setor defensivo, principalmente para Lúcio, que depois dessa partida, na minha opinião, está junto com Messi e Villa entre os melhores jogadores da Copa. Que frieza para arrancar ao ataque e que tranquilidade no desarme. Juan também foi muito bem, e foi presenteado com o gol.

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Vale lembrar também que Maicon, apesar de não ter feito boa partida, se apresentou para algumas cobranças de faltas e escanteios e foi muito bem nesse ponto. Se essa for a média dele, deveria ser o cobrador oficial, haja vista que Elano não acertou um escanteio decente na Copa e Daniel Alves (que é ótimo cobrador, diga-se de passagem) também parece não ter se acertado com a Jabulani.

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É uma pena que Ramires tenha levado o segundo cartão e não possa jogar contra a Holanda. Todavia, não creio que isso faça grande diferença, porque o Dunga é teimoso e orgulhoso, e dificilmente mudaria o sistema. Se Felipe Melo tiver condições perfeitas de jogo, irá sim começar a partida.

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Brasil x Holanda está marcado para sexta feira às 11:00. Será um grande duelo, de duas seleções que sempre apresentaram um futebol vistoso, mas que atualmente jogam de forma muito pragmática. Sneijder e Robben vem jogando muito mais do que Kaká, Robinho e cia, mas se Lúcio e Júilio Cesar estiverem inspirados... adios Holanda.

Decisões, Golaços e Falhas de Arbitragem

A segunda fase da Copa da África começou. De agora em diante ao final de cada partida existirá uma contradição de sentimentos. De um lado a esperança da equipe vencedora e do outro o abalo pelo sonho acabado.

Foram 4 partidas que marcaram o final de semana:

Uruguai 2 x 1 Coréia do Sul
EUA 1 x 2 Gana
Argentina 3 x 1 México
Alemanha 4 x 1 Inglaterra

No sábado o Uruguai enfrentou a Coréia do Sul. A partida foi boa, muito disputada. A celeste marcou duas vezes com Suarez e avançou para as quartas após décadas de participações inexpressivas em Copas.

Logo após, Gana e EUA fizeram o duelo. A equipe africana abriu o placar com Boateng e os EUA empataram no segundo tempo, após cobrança convertida de penalti por Donovan, levando o jogo para a prorrogação. Gana estava mais inteira em campo e conseguiu mais um gol, desta feita do artilheiro Gyan, garantindo a vitória e sendo motivo de orgulho do povo africano.

No domingo a bola continuou a rolar. Primeiro o grande duelo das oitavas, Alemanha x Inglaterra. O time alemão começou arrasador e marcou duas vezes (gols de Klose e Podolski). A Inglaterra recuperou o bom futebol, marcou com Upson e protagonizou o lance de maior repercussão da Copa até então. Lampard fez lindo gol encobrindo o goleiro, a bola entrou 33 centímetros após bater no travessão, mas o bandeira não viu. O juiz não deu o gol, o que revoltou jogadores e torcedores ingleses. Uma falha grosseira inaceitável.

A partida continuou e a Inglaterra, tendo que avançar ao ataque, deu espaços, resultando em mais dois gols da seleção alemã, marcados pelo jovem jogador Muller. Foi uma pena o erro do juiz, talvez a história tivesse sido diferente, mas não há como negar que a Alemanha jogou melhor, inclusive nas demais partidas da Copa, e mereceu mais do que a decepcionante Inglaterra.

Para encerrar, a partida final do dia foi entre Argentina e México. Novamente um erro do juiz/bandeirinha foi determinante. A Argentina marcou duas vezes com Tevez (o segundo deles um golaço) e uma vez com Higuaín após falha feia do zagueiro mexicano. O México descontou com belo gol do bom atacante Hernandéz.

Enquanto atacou a Argentina foi muito bem, mas quando resolveu recuar apresentou falhas de marcação. Agora resta ver se contra a Alemanha essa defesa argentina irá funcionar, será um grande duelo.

Amanhã mais dois jogos: Holanda x Paraguai (11:00) e Brasil x Chile (15:30).

Termina a fase de grupos.

Hoje terminou a fase de grupos, confirmando-se os últimos confrontos das oitavas de final. Nada de surpreendente nos resultados, que seguem:

Brasil 0 x 0 Portugal

Costa do Marfim 3 x 0 Coréia do Norte

Espanha 2 x 1 Chile

Suíça 0 x 0 Honduras

O jogo da Seleção Brasileira foi um legítimo "jogo de cumpadres". De análise que se pode fazer é o que segue: Júlio Baptista não é um jogador ruim, mas não há como depender dele para o lugar de Kaká; Elano, apesar de não ser fora de série, ainda consegue trazer mais dinâmica ao meio-campo do que Daniel Alves. Nilmar pode jogar como titular e junto com Robinho, caso Kaká ou Elano precisem sair. Ramires PRECISA, DEVE, TEM QUE, entrar no lugar de Felipe Mello, que é um jogador destemperado, isso sem falar na sua falta de qualidade. O 0 a 0 acabou sendo justo pelo futebol apresentado, mas não justo para os torcedores.

Na partida disputada em Mbombela, a Costa do Marfim precisava fazer algo em torno de uns 10 gols. Diferença técnica entre os marfinenses e coreanos existia para tanto, mas o 3 a 0 com gols de Touré, Kalou e Romaric definiu a única vitória dos africanos na Copa e levou a Coréia do Norte para a casa com o saldo negativo de 11 gols, mas com a glória de terem feito o seu único gol contra a Seleção Brasileira.

Durante a tarde a definição do adversário do Brasil estava em pauta. A Suíça enfrentava a inexpressiva Honduras e precisava de uma vitória simples para se classificar. Os europeus confirmaram que, assim como é difícil de tomarem gols, é igualmente complicado fazerem gols. Inacreditavelmente o 0 a 0 ficou no placar durante todos os 90 minutos. Nem há o que comentar, só que não consigo admitir que o mesmo selecionado que parou a Espanha, não conseguiu vencer os hondurenhos. Jogo de desclassificados com justiça

A outra partida seria perigosa. O Chile estava a ponto de bala para enfrentar uma Fúria que, até então, parecia bem calma. Villa fez o primeiro, após uma saída precoce do goleiro chileno, e Iniesta ampliou o placar após ele mesmo tabelar com Torres e com Villa. A expulsão injusta de Estrada complicou as coisas para o Chile, que ainda conseguiu diminuir no início do segundo tempo com Millar. Foi um jogo bem disputado e bem aberto, com os dois times jogando bem abertos e procurando o ataque. O Brasil que se cuide com os chilenos, que não vieram a passeio para a África.

Fechando as oitavas de final, Brasil x Chile e Portugal x Espanha. E que venha o mata-mata!

O adeus do campeão..

A quinta-feira foi de tristeza para alguns e de felicidade para outros. Agora, o sentimento comum foi o de perplexidade, pois a atual Campeã do Mundo, a Itália, caiu na primeira fase da Copa, com uma campanha pífia, dois empates, uma derrota e nenhuma vitória. Seguem os resultados:

Itália 2 x 3 Eslováquia

Paraguai 0 x 0 Nova Zelândia

Holanda 2 x 1 Camarões

Japão 3 x 1 Dinamarca

Os primeiros jogos foram inesperados. Onde todos apostavam em vitórias tranquilas da Itália e Paraguai acabou se dando mal. A Nova Zelândia entrou em campo com chances, mesmo que pequenas, de se classificar, e demonstrou ter vontade de passar as oitavas. O Paraguai não tinha a classificação garantida, mas tinha boas chances de seguir adiante e não venceu pois acabou perdendo muitas chances. Um 0 a 0 um pouco chato, sonolento, muito batalhado no meio de campo, mas com falta de qualidade de ambos os ataques. Importante destacar a classificação de mais uma seleção das Américas e também da campanha invicta da Nova Zelândia.

Já na outra partida, a Itália podia empatar para passar a próxima fase, enquanto a Eslováquia precisava vencer a Tetra Campeã Mundial para chegar nas oitavas. E para isso, contavam principalmente com Hamsik, que fez as assistências pros dois primeiros gols, e com Vittek, que balançou a rede as primeiras duas vezes no jogo. Quando resolveu acordar, a Itália tinha 15 minutos para empatar o jogo, e descontou com Di Natale. O jogo pegou fogo, cardíacos começaram a passar mal. Então, entrou em campo Kopunek e, no seu primeiro toque na bola, ampliou para os eslovacos, aos 44 do segundo tempo. Então, quando muitos já desistiam, Quagliarella fez um golaço aos 46, e transformou o Ellis Park num vulcão. No entanto, a pressão italiana dos últimos minutos não resultou no empate e a Itália teve que ir para a casa mais cedo. Festa eslovaca!

Pela tarde o Japão enfrentou o forte selecionado dinamarquês, e não tomou conhecimento de seus adversários. Com gols de Honda, Endo (ambos de falta) e Okazaki, os asiáticos patrolaram os europeus, que conseguiram descontar com Tomasson, de pênalti, que não foi o suficiente para classificarem-se para às oitavas. O Japão segue adiante, e passa de um time ruim, como fora definido pelos jornalistas japoneses, a uma surpresa indigesta.

O outro jogo foi entre a quase classificada Holanda e entre o já desclassificado Camarões. Os africanos lutavam para sair da Copa de cabeça erguida, enquanto os europeus tentavam, pela primeira vez na sua história, conseguir vencer os três jogos da fase de grupos. Van Persie, após bela tabela com Van der Vaart e uma ajudinha de Kuyt, marcou o primeiro gol, enquanto Huntelaar, pegando a sobra da bela jogada de Robben, num chute que foi parar na trave, fechou o placar para os holandeses. Os camaroneses fizeram o seu gol com Eto'o, de pênalti, e terminou assim.

As oitavas-de-final, com esses resultados, ficaram assim: Holanda x Eslováquia, Japão e Paraguai.

Europa e África mostram as suas credenciais...

Os jogos desta quarta-feira classificaram mais quatro seleções para as oitavas-de-final, garantindo ao menos uma vaga aos africanos, dois campeões mundiais e mais uma seleção americana. Confira os resultados:

Estados Unidos 1 x 0 Argélia

Inglaterra 1 x 0 Eslovênia

Sérvia 1 x 2 Austrália

Alemanha 1 x 0 Gana

A Inglaterra começou seu jogo bem, ofensivamente, com bons passes e um futebol envolvente. Não foi a toa que logo aos 23 minutos, Defoe abriu o placar para os ingleses e começou a enterrar a Eslovênia, que parecia que ia levar uma goleada. No entanto, logo após o gol, seja por estarem satisfeitos com o placar ou então por cansarem do jogo, o English Team parou em campo e deixou os eslovenos criarem chances. Pecando nas finalizações e sentindo falta de um craque, o selecionado do leste europeu não conseguiu alcançar o gol e manteve o 1 a 0 que classificou a Inglaterra.

No outro jogo do Grupo C, os Estados Unidos tinham uma tarefa aparentemente fácil perante a Argélia. No entanto o que se viu foi uma boa marcação da seleção africana e um ataque apático dos americanos. Um jogo sonolento para quem via de fora, só torcendo para uma das seleções para manter-se empolgado com o jogo. E o futebol premiou quem acreditou até o fim. Quando se apitava o final da outra partida do grupo, e os eslovenos comemoravam o empate entre americanos e argelinos, Donovan, que já virou herói, marcou o gol que selou a vitória e carimbou os Estados Unidos como líderes do Grupo C.

O Grupo D também classificou outro campeão mundial e a primeira seleção africana, tudo isso só no jogo entre Alemanha e Gana. Pra quem esperava ver um jogo de qualidade, ainda deve estar sentado em algum lugar do Soccer City esperando por isso. Sonolento e sem empolgação: daria para definir exatamente assim os dois selecionados que jogaram uma partida que valia a classificação para a próxima fase de uma Copa do Mundo, por mais que estivesse parecendo mais um amistoso. A Alemanha chegou a vitória com um belíssimo gol do Özil, aos 14 minutos do segundo tempo, mas esse lance foi uma ilha perto do mar de morosidade que tomou conta dos outros 89 minutos.

Sérvia e Austrália fizeram um jogo um pouco mais interessante. Apesar da falta de qualidade técnica do selecionado da Oceania, quem dominou as ações foram os Socceroos, podendo ser dito que fizeram sua estréia na Copa ontem. Os dois gols australianos Cahill e Holmann, aos 24 e 28 minutos do segundo tempo, e por alguns momentos eu cheguei a acreditar que eles conseguiriam classificar-se para as oitavas, repetindo o feito da última copa. No entanto, Pantelic aos 39 jogou um mar de água fria nas esperanças da Austrália e enterrando de vez as duas Seleções. Final de jogo, 2 a 1, os dois desclassificados.

Com os jogos desta quarta, ficaram os seguintes confrontos nas oitavas de final: Gana x Estados Unidos e o temido e adiantado encontro entre Inglaterra x Alemanha.

Os jogos desta quinta-feira serão os seguintes: Eslováquia x Itália e Paraguai x Nova Zelândia (11hrs), Dinamarca x Japão e Camarões x Holanda (15h30min).

Cade a Europa?

Terça feira e os primeiros grupos começa a ser definidos. No Grupo A Uruguai e México passam para a próxima fase, enquanto no Grupo B Argentina e Coréia do sul avançaram para as oitavas de final. Confira os resultados:

França 1 x 2 África do Sul

Uruguai 1 x 0 México

Argentina 2 x 0 Grécia

Coréia do Sul 2 x 2 Nigéria

Primeiro o fiasco do dia e, muito provavelmente, o primeiro de muitos. A França demonstrou dentro e fora de campo que necessita de uma renovação imediatamente. Salvo o bom goleiro Lloris, que salvou os franceses de goleadas, não há quem não tenha decepcionado nesses três jogos. Não há o que se falar de Domenech, pífio, incompetente e mesquinho, demonstrou que suas "firulas" ilimitadas viriam por terra mais cedo ou mais tarde. E, convenhamos, foi bem mais cedo do que mais tarde. A África não se importou com isso, acreditou na classificação e jogou como nunca. Tschabalala comeu a bola, parecia jogador de primeiro nível. O 2 a 1, no final, acabou sendo injusto, merecendo os Bafana-Bafana um resultado mais largo e, quem sabe, até uma classificação para a próxima fase. Parabéns, apesar da desclassificação, aos donos da casa.

Na outra partida, o tão falado "jogo de compadres" não entrou em campo. Dois times aguerridos, um mais "quebrador" outro mais "na correria" demonstraram um futebol invejável, principalmente pelos seus sistemas defensivos. O Uruguai marcou num lance de bola aérea, sua especialidade, fez o gol que lhe garantiu a liderança da chave e a escapatória da temida Argentina. Parabéns aos uruguaios e mexicanos, seleções americanas, que desbancaram um gigante europeu.

Pelo Grupo B, disputava-se a segunda colocação, tendo chance os três times restantes. Na partida da Argentina, a Grécia bem que tentou, mas a falta de jogadores de qualidade no frente, esbarrou no selecionado misto de Maradona, que ainda teve qualidade o suficiente para balançar a rede duas vezes, uma delas com ele, Palermo (não de pênalti, evidentemente). Messi foi bem, mas não conseguiu balançar as redes, estará ele guardando pra quando precisar? Só veremos com o tempo.

A Coréia enfrentou os nigerianos endiabrados, jogando em campo não só os quatro anos de trabalho, como pareciam colocar a vida toda dentro das quatro linhas. Não foi fácil para nenhum dos lados, e se tivessem caprichado um pouco mais na finalização, a Nigéria teria vencido o jogo e classificado, ao menos uma seleção da África. O 2 a 2 foi justo, uma bela demonstração de vontade de jogar e de futebol bem jogado, é uma pena, de fato, que os nigerianos não tenham conseguido se classificar. Os primeiros confrontos das oitavas de final serão: México x Argentina e Uruguai e Coréia do Sul.

Amanhã mais quatro jogos: EUA x Argélia e Inglaterra x Eslovênia (11hrs) e Gana x Alemanha e Austrália x Sérvia (15h30min).

Finalmente...

Finalmente a lógica preponderou nesta segunda-feira. Os jogos foram vencidos por seus favoritos, belas apresentações foram vistas, um recorde foi batido e a maior goleada da Copa, até então, foi aplicada. Vamos aos resultados:

Portugal 7 x 0 Coréia do Norte

Chile 1 x 0 Suíça

Espanha 2 x 0 Honduras

O primeiro jogo foi uma lavada. Quem viu apenas o primeiro tempo, que terminou 1 a 0, não acreditaria no placar final. A Coréia abriu-se bem mais e partiu em busca do gol, no entanto o time português tem muito mais qualidade técnica e tática, soube aproveitar os buracos deixados pela fraca marcação asiática e aplicou a maior goleada, até agora, da Copa. Raul Meireles, Simão, Hugo Almeida, Liedson, Cristiano Ronaldo e Tiago, duas vezes, marcaram os gols do baile luso. O grupo G agora conta com Brasil com 6 pontos, Portugal com 4, Costa do Marfim com 1 e Coréia do Norte com 0.

Pelo Grupo H, enfrentaram-se Chile e Suíça. O time sul-americano buscava afirmação após vitória magra sobre Honduras, enquanto a Suíça visava manter os pés no chão e quebrar o recorde de maior tempo sem levar gols, em Copas. O jogo foi muito corrido, sendo que os chilenos tiveram domínio total do segundo tempo. Os suíços até agüentaram sem levar gol o suficiente para baterem o recorde, mas não até o apito final. Gol de Gonzáles quebrando a invecibilidade dos europeus aos 29 do segundo tempo e colocando o Chile no topo do grupo.x

Fechando o dia, Espanha e Honduras enfrentaram-se buscando reabilitação após ambos terem sido derrotados na primeira rodada. A Fúria, como era de se esperar, foi superior o jogo todo e, novamente, desperdiçou muitas chances de gol, inclusive um pênalti. David Villa, que perdeu a penalidade máxima, anotou duas vezes para os espanhóis e garantiu os primeiros três pontos da sua seleção na Copa, deixando o Grupo H muito apertado, com o Chile alcançando 6 pontos, seguido por Espanha e Suíça com 3 pontos, e em último a Seleção de Honduras com 0 pontos.

Brasil com cara de Brasil

Mais um dia de Copa, mais um dia de parar o Brasil para acompanhar os representantes do nosso país. Dessa vez, valeu a pena parar para assistir o jogo. Se não chegou a ser uma partida brilhante, e realmente não foi, ao menos começamos a ver um pouco de bom futebol.

Paraguai 2 x 0 Eslováquia
Nova Zelândia 1 x 1 Itália
Brasil 3 x 1 Costa do Marfim

À começar pelos nossos vizinhos, o Paraguai dominou a maior parte da partida contra a Eslováquia e conseguiu garantir a sua vitória sem grande dificuldade, com gols de Vera e Riveros. A seleção paraguaia vem confirmando a boa fase das eliminatórias, se refletindo na liderança do grupo F na Copa.

Ainda no mesmo grupo, a seleção da Itália foi novamente decepcionante. Começou perdendo de forma surpreendente para a fraquíssima seleção da Nova Zelândia, com gol de Smeltz logo no início do jogo, em lance irregular. Irregular ou não, de uma seleção campeã do mundo se espera muito mais, e o máximo que a azurra conseguiu foi o empate após gol de penalti convertido por Iaquinta.

Apesar disso, há de se lembrar que a história da seleção italiana sempre foi essa, sofre para passar da fase de grupos, mas quando passa, fica cada vez mais difícil segurar. Portanto, não subestimem a azurra, ela pode e provavelmente vai surpreender, embora a ausência de Pirlo e Buffon tenham diminuído drásticamente o nível do grupo.

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Agora chega de falar dos adversários, o que importa mesmo é a nossa Seleção. O primeiro tempo foi mediano, Luis Fabiano fez belo gol mas fora isso o Brasil pouco criou, e quem controlava a partida era a Costa do Marfim. No segundo tempo as coisas melhoraram bastante, mas infelizmente a partida de hoje foi marcada pela pior atuação de um arbitro na Copa até então.

O segundo gol de Luis Fabiano foi uma pintura, mas o jogador usou o braço duas vezes para fazer essa pintura. O juiz parece ter visto, mas na dúvida preferiu não interromper o lance. Enquanto isso o outro gol do Brasil, convertido por Elano, foi marcado pela evolução de Kaká.

O gol de Drogba para a Costa do Marfim, por outro lado, aconteceu em um momento de apagão da zaga, mas isso não muda o fato de que ela atuou de forma tranquila na maior parte do jogo, Lúcio jogou muito bem e Júlio Cesar pode mostrar um pouco da sua qualidade.

Hoje o Brasil foi um pouco mais Brasil, ainda demonstrou algumas falhas como a saída de bola dos volantes, alguns erros individuais, mas fez jogadas de qualidade, acertou as finalizações e arriscou um pouco mais, isso tudo é muito positivo para a nossa Seleção.

A baixa do jogo foi a pancadaria que a Costa do Marfim recorreu no segundo tempo, culpa principalmente do juiz, que permitiu que o jogo chegasse a tal ponto. Pior ainda a expulsão injusta de Kaká, que apenas levantou o braço à altura do peito, como os jogadores fazem para evitar o impacto, enquanto o jogador adversário corria em sua direção.

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O juiz foi fraco, muito fraco. Errou no gol do Brasil, errou durante toda a partida ao não coibir com cartão, lances de violência, um deles que resultou na saída de Elano, e ao expulsar Kaká indo apenas no "grito", acreditando que o meio campista brasileiro havia agredido o jogador, sem sequer estar atento ao lance.

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O jogo era difícil, então para o Brasil dou nota 8 pela atuação. Para o juiz, dou nota 3, mas para o técnico Dunga, dou nota 0. Não pelo que o último fez em campo, mas pela sua coletiva pós-jogo.

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Os repórteres e colunistas vem evitando atrito com o treinador nas coletivas, principalmente durante a Copa, já que não adianta à essa altura criticar. Mesmo assim Dunga foi de uma má educação inexplicável, sendo ignorante, sarcástico, e falando uma infinidade de palavrões, sem a menor justificativa. Não que haja uma justificativa para alguém na sua posição sair falando esse tipo de coisa, e assim como Maradona foi punido pela FIFA por certas palavras, uma punição à Dunga seria muito justa.

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Honestamente, minha paixão pela Seleção começa a ficar cada vez mais dividida com a minha antipatia pelo nosso técnico, que se agora já se sente em posição de falar o que quer, imaginem se vencer a Copa. Felizmente, diante do que o BRASIL representa, dunga é NADA.

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Amanhã, como sempre, mais 3 jogos: Portugal x Coréia do Norte (8:30), Chile x Suiça (11:00) e Espanha x Honduras (15:30).

A Primeira Vítima

Na sexta feira (19) começou a segunda semana de Copa do Mundo, dando continuidade à segunda rodada, que tem sido muito mais empolgante do que a primeira, tanto pelos jogos mais abertos, bem como pelos placares elevados e grande quantidade de surpresas. Abaixo os resultados do dia:

Gana 1 x 1 Austrália
Holanda 1 x 0 Japão
Camarões 1 x 2 Dinamarca

A "zebra" decidiu tirar uma folga e não aparecer nesse sábado. Gana tinha a chance de praticamente garantir a sua vaga nas oitavas ao vencer a segunda partida seguida, mas foi surpreendida logo ao início do jogo com um gol de Holman para a seleção da Oceania.

O destino, todavia, parecia estar à favor da seleção africana. Kewell, o melhor jogador da Austrália, colocou a mão na bola dentro da área, penalti e cartão vermelho para o atacante. Gyan converteu a penalidade, segundo gol da Seleção na Copa, o segundo de penalti. Mas se o destino fez um favor, a seleção africana não soube aproveitar mesmo com um homem a mais em campo, e o empate permaneceu até o apito final.

Holanda e Japão era o jogo do dia, mas só no papel. O primeiro tempo da partida foi sonolento, quase torturante. A Holanda tem um toque de bola perfeito, mas o Japão faz uma marcação em toda a sua metade do campo, de forma compacta e com muita velocidade. O jogo melhorou na segunda etapa (e não tinha como piorar). Sneijder (foto) fez belo gol com um chute muito forte de fora da área e Afellay ainda perdeu duas chances claras.

Por fim, Camarões e Dinamarca encerraram as partidas do dia. Foi um jogo empolgante que terminou de forma dramática. Com muitas chances desperdiçadas. o que se viu nesse jogo foi muita determinação de ambos os lados em vencer e dar mais um passo importante para a classificação.

Com isso, houve muito espaço na marcação de duas seleções ofensivas. Eto'o finalmente resolveu jogar e marcou o seu primeiro gol, ainda tendo colocado uma bola na trave. Mas Bendtner empatou a partida para a Dinamarca em jogada com lindo e raro lançamento onde a bola viajou longos 55 metros. Aos 15 minutos do segundo tempo Rommedahl (o melhor em campo) decretou a virada da seleção dinamarquesa.

Depois disso Camarões até tentou pressionar, mas o desespero tomou conta do elenco e faltou capricho nas finalizações. Resultado: Camarões, a primeira seleção matematicamente eliminada da Copa do Mundo, e Holanda a primeira garantida nas oitavas.

Ainda hoje: Paraguai 2 x 0 Eslováquia (jogo encerrado), Nova Zelândia x Itália (em andamento) e o tão esperado Brasil x Costa do Marfim (15:30).