O adeus do campeão..

A quinta-feira foi de tristeza para alguns e de felicidade para outros. Agora, o sentimento comum foi o de perplexidade, pois a atual Campeã do Mundo, a Itália, caiu na primeira fase da Copa, com uma campanha pífia, dois empates, uma derrota e nenhuma vitória. Seguem os resultados:

Itália 2 x 3 Eslováquia

Paraguai 0 x 0 Nova Zelândia

Holanda 2 x 1 Camarões

Japão 3 x 1 Dinamarca

Os primeiros jogos foram inesperados. Onde todos apostavam em vitórias tranquilas da Itália e Paraguai acabou se dando mal. A Nova Zelândia entrou em campo com chances, mesmo que pequenas, de se classificar, e demonstrou ter vontade de passar as oitavas. O Paraguai não tinha a classificação garantida, mas tinha boas chances de seguir adiante e não venceu pois acabou perdendo muitas chances. Um 0 a 0 um pouco chato, sonolento, muito batalhado no meio de campo, mas com falta de qualidade de ambos os ataques. Importante destacar a classificação de mais uma seleção das Américas e também da campanha invicta da Nova Zelândia.

Já na outra partida, a Itália podia empatar para passar a próxima fase, enquanto a Eslováquia precisava vencer a Tetra Campeã Mundial para chegar nas oitavas. E para isso, contavam principalmente com Hamsik, que fez as assistências pros dois primeiros gols, e com Vittek, que balançou a rede as primeiras duas vezes no jogo. Quando resolveu acordar, a Itália tinha 15 minutos para empatar o jogo, e descontou com Di Natale. O jogo pegou fogo, cardíacos começaram a passar mal. Então, entrou em campo Kopunek e, no seu primeiro toque na bola, ampliou para os eslovacos, aos 44 do segundo tempo. Então, quando muitos já desistiam, Quagliarella fez um golaço aos 46, e transformou o Ellis Park num vulcão. No entanto, a pressão italiana dos últimos minutos não resultou no empate e a Itália teve que ir para a casa mais cedo. Festa eslovaca!

Pela tarde o Japão enfrentou o forte selecionado dinamarquês, e não tomou conhecimento de seus adversários. Com gols de Honda, Endo (ambos de falta) e Okazaki, os asiáticos patrolaram os europeus, que conseguiram descontar com Tomasson, de pênalti, que não foi o suficiente para classificarem-se para às oitavas. O Japão segue adiante, e passa de um time ruim, como fora definido pelos jornalistas japoneses, a uma surpresa indigesta.

O outro jogo foi entre a quase classificada Holanda e entre o já desclassificado Camarões. Os africanos lutavam para sair da Copa de cabeça erguida, enquanto os europeus tentavam, pela primeira vez na sua história, conseguir vencer os três jogos da fase de grupos. Van Persie, após bela tabela com Van der Vaart e uma ajudinha de Kuyt, marcou o primeiro gol, enquanto Huntelaar, pegando a sobra da bela jogada de Robben, num chute que foi parar na trave, fechou o placar para os holandeses. Os camaroneses fizeram o seu gol com Eto'o, de pênalti, e terminou assim.

As oitavas-de-final, com esses resultados, ficaram assim: Holanda x Eslováquia, Japão e Paraguai.

A Primeira Vítima

Na sexta feira (19) começou a segunda semana de Copa do Mundo, dando continuidade à segunda rodada, que tem sido muito mais empolgante do que a primeira, tanto pelos jogos mais abertos, bem como pelos placares elevados e grande quantidade de surpresas. Abaixo os resultados do dia:

Gana 1 x 1 Austrália
Holanda 1 x 0 Japão
Camarões 1 x 2 Dinamarca

A "zebra" decidiu tirar uma folga e não aparecer nesse sábado. Gana tinha a chance de praticamente garantir a sua vaga nas oitavas ao vencer a segunda partida seguida, mas foi surpreendida logo ao início do jogo com um gol de Holman para a seleção da Oceania.

O destino, todavia, parecia estar à favor da seleção africana. Kewell, o melhor jogador da Austrália, colocou a mão na bola dentro da área, penalti e cartão vermelho para o atacante. Gyan converteu a penalidade, segundo gol da Seleção na Copa, o segundo de penalti. Mas se o destino fez um favor, a seleção africana não soube aproveitar mesmo com um homem a mais em campo, e o empate permaneceu até o apito final.

Holanda e Japão era o jogo do dia, mas só no papel. O primeiro tempo da partida foi sonolento, quase torturante. A Holanda tem um toque de bola perfeito, mas o Japão faz uma marcação em toda a sua metade do campo, de forma compacta e com muita velocidade. O jogo melhorou na segunda etapa (e não tinha como piorar). Sneijder (foto) fez belo gol com um chute muito forte de fora da área e Afellay ainda perdeu duas chances claras.

Por fim, Camarões e Dinamarca encerraram as partidas do dia. Foi um jogo empolgante que terminou de forma dramática. Com muitas chances desperdiçadas. o que se viu nesse jogo foi muita determinação de ambos os lados em vencer e dar mais um passo importante para a classificação.

Com isso, houve muito espaço na marcação de duas seleções ofensivas. Eto'o finalmente resolveu jogar e marcou o seu primeiro gol, ainda tendo colocado uma bola na trave. Mas Bendtner empatou a partida para a Dinamarca em jogada com lindo e raro lançamento onde a bola viajou longos 55 metros. Aos 15 minutos do segundo tempo Rommedahl (o melhor em campo) decretou a virada da seleção dinamarquesa.

Depois disso Camarões até tentou pressionar, mas o desespero tomou conta do elenco e faltou capricho nas finalizações. Resultado: Camarões, a primeira seleção matematicamente eliminada da Copa do Mundo, e Holanda a primeira garantida nas oitavas.

Ainda hoje: Paraguai 2 x 0 Eslováquia (jogo encerrado), Nova Zelândia x Itália (em andamento) e o tão esperado Brasil x Costa do Marfim (15:30).

Se cuida Brasil !!

Hoje, como sempre, tivemos mais 3 partidas pela Copa do Mundo. O diferencial do dia foi a tão esperada estréia do Brasil na competição.

Nova Zelândia 1 x 1 Eslováquia
Costa do Marfim 0 x 0 Portugal
Brasil 2 x 1 Coréia do Norte

As primeira disputa do dia não fugiu do esperado. As duas seleções fracas fizeram uma partida marcada por muitos erros, terminando no empate que embolou totalmente o Grupo E. Para a Nova Zelândia, ao menos, o resultado teve um gostinho bom, já que o gol de empate foi marcado aos 48 do segundo tempo e representou o primeiro ponto somado pelo país na sua história na competição. Sestak abriu o placar para a Eslováquia e Reid foi quem empatou o jogo.

O jogo entre Costa do Marfim e Portugal tinha tudo para ser uma verdadeira decisão pois, à menos que aconteça uma grande zebra, uma das vagas será do Brasil e a outra será disputada entre as duas seleções. Apesar disso ambas seleções tiveram medo de avançar excessivamente e o jogo foi muito disputado no meio campo.

Portugal começou bem e Cristiano Ronaldo, em ótima jogada individual, arriscou um belo chute de fora da área que parou na trave. Depois disso a Costa do Marfim, jogando de forma muito compacta, cresceu no jogo e começou a dominar os espaços. No segundo tempo houve alternância de superioridade dos dois lados, com as duas Seleções menos acanhadas e arriscando mais. Drogba foi ovacionado ao entrar em campo substituindo Kalou, mas o marfinense teve poucas oportunidades e o placar acabou zerado.

Para o Brasil o empate foi bom e a vitória contra a Coréia do Norte era obrigação. A vitória realmente veio, mas de forma muito mais simplória do que se esperava. Não chego a dizer que fiquei surpreso com a atuação do Brasil, porque desde que Dunga assumiu o cargo de técnico a Seleção nunca fez boas atuações contra retrancas.

O que acontece!? É muito simples. Os 10 jogadores de linha do Brasil, em campo, parecem com o próprio Dunga. Parece que temos 10 volantes em campo. Com isso o setor defensivo sempre acaba sendo o destaque do jogo, hoje foram os laterais, em especial Maicon que foi o melhor da partida.

Outra coisa que me chamou a atenção era algo que eu temia e já comentava à tempos. Kaká não vem bem de muito tempo, e com Kaká mal em campo, o Brasil tem poder ofensivo muito limitado, dependendo de jogadas individuais de Robinho e Luis Fabiano, o que não acontece com grande frequencia.

Acho que o Brasil ainda se classifica, mas vai ter que jogar muito mais contra Portugal e Costa do Marfim. Não creio que vá jogar bonito, nunca jogou e não vai ser agora, mas pelo menos precisa se movimentar mais, atacar com velocidade e Kaká precisa voltar a jogar como jogava nos tempos de Milan.

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Com 10 volantes em campo, não dá.

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Na quarta feira, a tão esperada estréia da Espanha, com as últimas partidas da primeira rodada e o início da segunda: Chile x Honduras (8:30), Espanha x Suiça (11:00) e África do Sul x Uruguai (15:30).

Segunda-feira é segunda-feira...

Segunda-feira sempre é a mesma coisa. Passou o final de semana, volta-se a trabalhar, estudar, todo mundo naquela sonolência. Mas engana-se quem acha que é assim só no Brasil. Na África do Sul, pelo visto, é a mesma coisa. Foi o que nos provaram Holanda, Dinamarca, Camarões e Japão.

O primeiro jogo, entre as duas seleções européias, ainda foi um pouco melhor, mas os holandeses, candidatos ao título, demonstraram fragilidade e que sentem falta de seu craque, Arjen Robben, poupado no primeiro jogo. A Dinamarca conseguiu armar muito bem a sua defesa, e até ameaçou uma ou outra vez o gol de Stekelenburg, mas não conseguiu combinar a eficiência defensiva e a ofensiva. O primeiro gol foi contra, numa jogada de muito azar, e o segundo foi uma bobeira do zagueiro, após um belo lance de Sneijder e Elia, que Kuyt aproveitou para fechar o marcador. No fim a Holanda começou a jogar melhor, visto que a Dinamarca abriu mais espaços, e poderia até ter feito três ou quatro, mas ficou no 2 a 0, mesmo.

Da segunda partida já não se esperava muito, e, como diz o ditado: “De onde nada se espera, é dali que não sai nada mesmo”. Eto’o provou que um craque só não ganha partidas. É impossível, apesar do nível altíssimo do atleta, fazer alguma coisa jogando junto de 10 jogadores, no máximo, medianos. O Japão demonstrou faltar qualidade técnica, mas que são muitos competentes no que se refere a tática. Com um posicionamento invejável em campo, cada jogador sabia muito bem o que fazer dentro das quatro linhas, o que acabou por dar a vitória à seleção asiática. Gol de Honda, após bobeira da zaga.

O último jogo do dia era o mais esperado: a estréia da atual campeã Itália contra o forte selecionado do Paraguai. O jogo começou muito pegado, praticamente um campo de guerra, os ânimos não se exaltavam, pois é de característica dessas duas seleções o futebol mais duro. Os atuais campeões partiram pro ataque, fechando os espaços dos sul-americanos, e tiveram boas chances com Iaquinta e Montolivo. E então, numa falta inexistente, Alcaráz subiu mais do que Cannavaro e testou a bola para o fundo das redes, abrindo o placar para os paraguaios. O jogo permaneceu quente nas entradas, mas pouco criativo. Então, o arqueiro Villar falhou, deixou a bola passar, após cruzamento de Pepe, e de Rossi aproveitou para igualar o placar. Ninguém mais conseguiu produzir e o jogo permaneceu empatado.

A terça-feira tem Eslováquia x Nova Zelândia, Costa do Marfim x Portugal e a estréia da Seleção Brasileira contra a Coréia do Norte.