segunda-feira, 12 de julho de 2010

Os campeões furiosos!


Neste domingo a tão esperada final entre dois selecionados que nunca ganharam sequer um título da Copa do Mundo foi disputada. Em campo, muito mais do que 11 contra 11, sendo que estava em pleito a consagração de uma era. A era espanhola de grandes jogadores, muitos deles entre os melhores do mundo, um futebol bonito, com toque de bola rápido e brilhante e com uma posse de bola enervante. Já a era holandesa era constantemente assombrada pelos fantasmas da década de 70 - quando foi bi-vice-campeã, em 74 e 78, - e a consolidação de uma das melhores equipes da Europa, invicta a 24 partidas, com um futebol pragmático, ágil e muito eficiente.
 
Antes da partida, houve um belo show pirotécnico e musical, e a Taça tão esperada foi trazida para o meio do Soccer City nas mãos do capitão da, até então, atual campeã do mundo, Cannavaro, zagueiro italiano.

Com a bola rolando, o que se viu foi uma disputa ferrenha no meio de campo, com um início melhor da Espanha. Não demorou muito para que por duas vezes o arqueiro Stekelenburg tivesse que fazer ótimas defesas, ambas em tentativas de Sérgio Ramos, que foi um dos melhores jogadores da Copa. A Holanda conseguiu acertar a marcação, e aos 25 minutos o jogo voltou a ser parelho, com um leve crescimento dos laranjas, que ainda tiveram duas ótimas chances com Robben, cara-a-cara com o goleiro, que terminaram nas mãos, e nas pernas, do melhor goleiro da Copa, Casillas. Como não foram suficientes os 90 minutos para que fosse aberto o placar, foi-se o jogo para a prorrogação. A Holanda notavelmente estava cansada, e preocupava-se só em defender. Quando todos esperavam que o jogo fosse para os pênaltis, Iniesta recebeu a bola na entrada da área, em total liberdade, e “enfiou o pé” para o fundo das redes. A Holanda, totalmente impotente, não tinha mais forças para reagir. O juiz, fraco, digasse de passagem, Howard Webb apitou o final da partida e veio por terra o (tosco) paradigma de que a Espanha só amarelava.
 
Festa na terra das touradas, os espanhóis tornam-se pela primeira vez campeões da Copa do Mundo, e vão defender o título aqui no Brasil. Parabéns à Villa, Casillas, Xavi, Iniesta, Sergio Ramos, Puyol e Cia., parabéns ao povo espanhol e, parabéns ao polvo alemão, que não errou sequer um prognóstico em toda a Copa do Mundo! Até daqui a quatro anos, Copa!

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