quarta-feira, 12 de maio de 2010

Lealdade x Qualidade

A nossa opinião sobre como foi a convocação do Dunga já foi dada, e discussões sobre se foi certo ou errado vão existir até daqui 100 anos. No entanto, gostem ou não, aqueles são os 23 representantes brasileiro na maior competição mundial de seleções, no máximo ainda há a esperança dos sete suplentes, que podem entrar no lugar de algum dos titulares que venha a se machucar ou desagradar à comissão técnica. Vamos então discutir os motivos da convocação tão badalada do dia de ontem.


Dunga usou, principalmente, as palavras "entrega", "confiança", "lealdade", e "união" para justificar a convocação de cada um dos selecionados. Frisou que os jogadores que ali estão "deram a cara ao tapa" e não tiveram medo de vestir a amarelinha mesmo após a vergonhosa campanha da Copa de 2006.

Vistoso que a qualidade técnica, tática e individual foi deixada em segundo plano pelo técnico, na tentativa de, quem sabe, manter a formação de uma "Família Dunga", referindo-se à campanha vitoriosa de 2002, quando Felipão também foi contestado muito pela imprensa por não chamar Romário para Copa. É difícil de se comparar Júlio Baptista, Josué, Felipe Mello e Doni com Ronaldinho Gaúcho, Hernanes, Tiago Motta e Victor, visto que estes são jogadores que estão "anos-luz", em questão de qualidade, à frente daqueles.

Tudo isso leva muitos a discutirem sobre alealdade de um jogador em comparação com a sua qualidade. É evidente que a entrega em campo e o "pseudo"-amor-a-camisa são questões importantíssimas, mas não devem ser consideradas maiores do que a qualidade técnica, individual e tática, visto que são características que podem, igualmente, decidir jogos e ganhar campeonatos.

Finalmente, discordo não só da convocação dos jogadores pelo Dunga, como referi no comentário do post anterior, mas discordo, principalmente, da ideologia que o técnico trouxe ao selecionado brasileiro, dando mais importância à questões extra-campo do que à questões intra-campo, que, conclusivamente, não são mais nem menos importantes, mas sim harmônicas e deigual relevância.

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